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quinta-feira, 30 de junho de 2011

15ª Parada do Orgulho LGBT





Como tocar em assunto tão controverso sem tomar partido ou ser tendencioso???
Com relativa certeza sendo o mais natural possível, sem julgar, reprovar e realmente praticando o "amor incondicional".
Embora possa parecer tardio este relato, afinal lá se foram 8 dias do calor dos fatos e de repente algo pode ter fugido de memória... mas não, por ser uma questão de conceito de como as coisas deveriam ser.



Começando pela parte da cobertura do evento, prometi a ser mais organizado e tentar credenciamento para evitar transtornos logísticos para colher boas imagens.
Vamos ao Evento.
Nesta imagem pode se observar o batalhão de fotógrafos no trio da organização do evento que abriu os desfiles levando o recado dado ao público que se acotovelava, sendo homossexual ou heterossexual, de repúdio a toda e qualquer forma de discriminação e atos violentos contra homossexuais.

Aqui abro um parênteses com relação ao que vi, ouvi e registrei: notei um abismo entre o ideal propagado pela organização da parada e muitos dos que estavam na expectativa do inicio dos desfiles dos 15 trios:
- Senti uma certa lacuna e falta de engajamento à causa por parte dos frequentadores que se amontoavam numa Av. Paulista com um mar de gente animados mesmo com a chuva intermitente que teimava em cair naquela tarde de domingo.


"- Começa logo isso aí... deixa de papo furado"
Quero dizer aqui que não era a maioria que tinha este tipo de manifestação, mas enquanto o presidente da parada Ideraldo Beltrame discursava, alguns tantos mais afoitos e já alcoolizados protestavam por quererem apenas diversão ao som de musica eletrônica gerada pelos trios.Quando Preta Gil tomou o microfone e pronunciou as primeiras palavras houve uma verdadeira ovação, pela sua frase inicial:
- Estou aqui pela minha audiência, sou bissexual,preta e gorda...
Contundente como sempre ela relatou as três frentes pela qual briga contra a descriminação e foi novamente ovacionada, concluindo com muito humor perguntando que queria beijar a sua boca.
 

Após isto seguiram-se os desfiles com trios de vertentes da cena LGBT do estado, com muita cor, animação e humor, que é a marca registrada deste evento


Pelas fotos pode se ter ideia do número de participantes que estavam seguindo atrás dos trios ao som da mais eclética seleção de dj's de musica eletrônica apreciada por gays, lésbicas simpatizantes espalhados por uma avenida decorada com as cores do movimento.

Quem teve a oportunidade de estar em cima dos trios com certeza pode desfrutar de uma visão privilegiada do próprio trio e do cordão de seguidores que alegremente acompanhavam o trio de sua predileção, seja pelo som que saia de suas caixas ou pela entidade que ali estava representada.


Observei uma série de personagens que faziam a alegria dos que estavam pelo chão, algumas "Drag Quens" bem vestidas e maquiadas posavam para fotos em grupo ou individualmente sendo um espetáculo à parte no mar de participantes da parada.


Muita gente bonita pode ser vista sobre os trios e algumas temáticas forma levantadas sempre com muito bom humos.


No meio desta massa pude ver alguns colegas que se aventuraram em colher imagens dos seguidores e não se intimidaram ante a possibilidade de ter seus equipamentos furtados, o que infelizmente é possível de ocorrer, em meio à multidão de lésbicas, gays e simpatizantes encontram-se também "larápios".



A riquesa de alguns temas e fantasias é digna de alegorias de outro evento popular, o carnaval, e dão um toque de preciosismo ao recado dado pelo movimento: - chega de intolerância e violência contra os homossexuais, chega de "HOMOFOBIA"!!!


Tudo tinha a marca da diversidade, o colorido, a picardia de algumas fantasias a animação sobre os trios, o cenário proporcionou um visual rico e colorido, com personagens caricatos ou não, mas com muito bom gosto.



Uma pena esta cena de pirofagia estar tão longe do alcance de minha lente...



Trios temáticos como o Apocalipse roubaram a cena 


Nostro Mondo também agregou muitos na sua passagem




Até energético participou do evento patrocinado um dos trios



Este trio e alguns banners provocaram muita polêmica por utilizarem modelos masculinos em trajes mínimos representando  São Sebastião e São João Batista alertando sobre a prevenção contra doenças sexualmente transmissíveis afrontando autoridades religiosas por associarem santos católicos ao uso de camisinha.



Em se tratando de alegria, este trio elétrico foi um dos mais festejados pela massa que participou desta 15ª parada do Orgulho LGBT de São Paulo.

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