Anteriormente
vimos que há, ainda hoje, certa restrição de alguns em considerar a fotografia
uma arte deixando apenas pintura, escultura, arquitetura, musica e poesia sendo
consideradas como belas artes enquanto a fotografia é contestada por
partir de uma cena previamente capturada e não da criatividade ou inventividade
do artista.
A
fotografia nasceu da ideia de auxiliar pintores, dando base à retratação de cenas
elencadas por eles que se utilizavam dela como suporte, isto de certa
forma municiou os críticos que não veem fotografia como arte por esta ser uma derivação da pintura.
Claro
que isto não depôs contra o crescimento e amadurecimento da fotografia inicialmente rudimentar e posteriormente
tecnológica, e nem por isto ganhou ares , notoriedade e status de arte.
Em
tempos remotos lá pelo início do século passado criou-se um estado de
diferenciação ao tratar fotos encomendadas ou comerciais num patamar de
criatividade e inspiração menor que aquela feita com cunho puramente artístico
tal qual a pintura se dá.
Até
onde pode se chegar para designar
fotografia como sendo ou tendo status de fine arts, hoje há duas vertentes postulando serem denominadas fine arts.
De
algum tempo pra cá, isto no Brasil, um movimento se iniciou dando status de
arte decorativa a algumas fotografias de fotógrafos consagrados, abrindo então
a possibilidade de galerias comercializarem fotografias preferencialmente.
Vemos
então uma diferenciação mercadológica da fotografia fine arts, seu conceito e a
utilização deste por quem tem desejo e interesse em que este impulso ou
tendência se consolide.
De
um lado a foto de cunho artístico, totalmente voltado ao estético, mono ou
policromático que encanta a alma do expectador e movimenta o mercado das
galerias especializadas na comercialização de fotografias top aqui e pelo
mundo.
Do
outro bureaus especializados em impressões com papéis e outras formas de
impressão com qualidade especial utilizando o termo fine arts para determinar
que a fotografia por ele impressa tome contornos de arte contemporânea e digna de
figurar nas top galerias sonhando com uma venda vultuosa ou exibição em galeria
de arte.
Longe
de fechar questão e repercutindo neste post o que tenho lido e pesquisado, em
se tratando de arte fotográfica, dizer que uma foto tem potencial de venda e/ou
cairá nas graças dos críticos como tal é muito subjetivo.
Da
mesma forma uma foto aos olhos de muitos "comum" não será “glamourizada” pelo
simples fato de ter sido impressa em X bureau ou com o melhor dos papéis canson
que se tem no mercado garantindo-lhe sobrevida de 100 anos sem perder
qualidade.