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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Como conceber uma assinatura no seu trabalho?

Após o intervalo viria uma certa preguiça, uma dormência pós refeição bastante natural principalmente por ficarmos sentados frente um único cidadão falando por pelo menos hora e meia , numa iluminação convidativa a um cochilo em poltronas confortáveis... ledo engano. Angelo Pastorello iniciou sua conversa com os congressistas mostrando personalidade, atitude de quem sabe o caminho de um trabalho cheio de personalidade, com convicção defendeu suas posições e mostrou sua qualidade.

                                                                   Angelo Pastorello

Sua fala é contundente no que diz respeito ao padrão digital vigente atualmente, mesmo sendo defensor da analogia e do laboratório químico, reconhece o valor e a veracidade da era digital na fotografia comercial, mas afirmou  que as coisas não devem ficar somente no plano das mídias sociais e  do virtual 100%. Seria como resgatar a essência da fotografia, menos manipulada e mais vetorial, contundente e "autêntica".


Posicionamentos à parte Angelo tratou a arte de fotografar o nu como um amante, apaixonado pelo que faz, sempre pontuando a necessidade de se ter olhar único e próprio sobre sua produção, incentivando cada congressista a avaliar continuamente seus processos e imprimir uma linguagem visual além do simples fato de clicar o ensaio.


O cuidado com a "pasteurização" na utilização dos editores de imagem foi outro ponto em que o palestrante buscou fundamentar suas palavras, questionando até que ponto se deva chegar na manipulação da foto sem que se perca a identidade da proposta inicial, antes do clique, de se chegar ao ponto de alterar traços que em nada corresponderiam a pessoa retratada, e questionando a validade da eternização digital. Nomeou papel fotográfico que utiliza, assim como o equipamento, reconheceu a dificuldade pontual de se trabalhar com laboratório químico, disse que vez por outra se utiliza de equipamento digital, mas que o papel é fundamental para a perpetuação da sua arte. 


Foi de extrema clareza  sua fala, defendendo seu ponto de vista, no que diz respeito à qualidade com que se deva produzir um ensaio, aliás, não só um ensaio como foto publicitária , catálogo de moda, still, retrato; toda fotografia deve seguir o mesmo ritmo criativo, buscando uma linguagem que a identifique junto a seu autor, sim porque fotografia é arte, ainda com reconhecimento tímido, mas nem por isto nós produtores desta arte devemos deixar de trata-la como tal.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Produção para um editorial de Nu e ou sensual

Antes de começar a escrever sobre a próxima palestrante busquei o conceito da palavra produção para não incorrer numa descrição pura e simples da ação de uma produtora, e por entender que o seu papel  juntamente com sua equipe viabilizam o ensaio sem stress para o fotógrafo e garante um produto final que agradara a quem contrata o ensaio e com certeza a quem consome a publicação.Então posso dizer que a equipe de produção de um ensaio para um editorial tem por objetivo criar uma atmosfera adequada para que o sucesso do ensaio ocorra sem surpresas, ou então antecipar dificuldades buscando soluções eficientes.   

                                                           Juliana Hirschmann

Produtora executiva da revista Vip ela contou com bastante desenvoltura os bastidores da produção de um ensaio sensual e nu, descrevendo com muita propriedade todo o processo para se chegar ao resultado pretendido, sempre com muito bom humor e uma dose de picardia descreveu passos e casos de ensaios sob sua responsabilidade.


Para quem pensa que realizar um ensaio para um editorial é coisa simples precisa entender todo o mecanismo necessário para que tudo saia como o programado, e segundo Juliana, tudo pode acontecer e para isto uma equipe na mão é a melhor alternativa, além da necessidade de ter uma boa rede de relacionamentos.


Sempre muito solicita  reteve a atenção de todos com dicas interessantes e alguns casos pitorescos ocorridos em ensaios, jogo de cintura quando a agência enviava modelo fora do perfil exigido para o ensaio e também desejos sem pé nem cabeça de algumas modelos mais famosas



Com o apoio de vídeo relembrava ensaios feitos por ela e se houvesse algo de maior interesse ou fora do comum mencionava com o propósito de ilustrar o que se passa com a equipe de produção quando as coisas dão certo e quando não dão.



Muita simpatia aliada a um conhecimento adquirido pelas experiências por onde passou, assim como sua capacidade de solucionar "perrengues" de produção , deixaram os congressistas satisfeitos com o que receberam de informação desta bem resolvida produtora, que na minha opinião coloriu de maneira especial sua passagem pelo palco da Nu Photo Conference.

Fernanda Preto Nu Photo Conference 1º dia

Dia 19 de Setembro de 2011 próximo das 9h  recebo uma incumbência do mentor do evento Altair Hoppe:
- use velocidade de no máximo 30, pode usar iso alto e boas fotos, capricha, você é o fotógrafo oficial do evento.
Não preciso dizer que mesmo com vasta experiência em muitos campos profissionais e na vida, senti o famoso frio na barriga e entendi que daquele momento em diante era por minha conta e risco atender as necessidades da organização do evento e a minha enquanto fotógrafo dentre tantos que poderiam ter a oportunidade que a mim foi disponibilizada, bom aqui começo a mostrar como aproveitei esta oportunidade.

                                                                  Fernanda Preto

Como primeira palestrante imagino que também nela deva ter ocorrido o famigerado "frio na barriga", por abrir o evento, por estar ante numerosos fotógrafos ávidos por saber das experiências desta fotógrafa, e que mesmo com feições de menina demonstrou conhecimento do que faz, confiança na sua técnica e desenvoltura ao falar para uma platéia de aproximadamente 500 pessoas.


Deste ângulo pode se ter ideia de como estava o teatro e o grau de atenção que a fala da Fernanda gerou nos congressistas, enquanto ela relatava sua experiência, seu caminho dentro da fotografia e um pouco de sua pratica.


Deste ângulo é possível apreciar a assistência com atenção na fala da palestrante, comentando sobre os caminhos de um editorial de Nu e ou sensual,e sendo ela uma colaboradora das revistas Playboy, Sexy, Trip e Vip tinha muita informação para passar ao congressistas e até alguns macetes, que não são descritos em nenhum livro, apostila ou tutorial sobre fotografia sensual.

                                                      Cenário utilizado para o ensaio

Preparação da modelo para o ensaio

Total desenvoltura na direção da modelo, consequentemente do ensaio


 Preocupação inclusive com a produção da modelo


Fernanda se mostra muito a vontade clicando, mesmo para uma platéia enorme




Eu poderia falar muito mais sobre este ensaio inicial por ter gostado muito do que vi e do que fotografei, e confesso que fiquei fã do trabalho desta Fotógrafa com cara de menina mas que conhece o que faz e tem domínio dos nervos pra vencer o desafio de abrir o primeiro dia do Nu Photo Conference.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nu Photo Conference


A demora em revelar minha visão dos fatos, bastidores, se deveu a problemas técnicos que ainda estão sendo resolvidos e sendo assim devo tratar logo deste evento que foi um marco dentro da fotografia neste ano, seja pela forma com que o tema foi abordado, seja pela equipe que coordenou as ações durante os 3 dias do evento, seja pela escolha do Teatro das Artes no Shopping Eldorado, que acolheu muito bem os congressistas.
Devo dizer que me senti honrado com a possibilidade de cobrir o evento quase que exclusivamente por conta de uma parceria com a iPhoto Editora.A iPhoto ,através da figura unanime do seu gestor Altair Hoppe confiou a mim o acesso a todo o evento, cabendo a mim cliques de ângulos onde poucos tinham acesso, principalmente a maioria dos congressistas e diante de uma  dupla chamada desafio/responsabilidade, respirei fundo e procurei dar o meu melhor, sem lembrar da limitação do meu equipamento, sem pensar no mar de fotógrafos mais experientes e melhor equipados que estavam sentados como congressistas e principalmente com a responsabilidade de, com exclusividade, ser fiel ao "timing" das palestras e registrar a dinâmica das ações na frente e nos bastidores.
Portanto aqui raramente vocês irão ver fotos das modelos, salvo se dentro do contexto da palestra ou evento, por razões simples:
- Não estive lá como congressista.
- As modelos não foram contratadas por mim.
- Os ensaios não eram meus.
Confesso que não resisti e fiz fotos de alguns ensaios, e claro uns cliques das modelos, mas não vou postar as fotos aqui, não que queira louros da ética, mas por questões relatadas acima e por conhecer uma faceta da exposição de imagens captadas de pessoas, mesmo sendo dentro de um evento direcionado a foto sensual e nu artístico: direito de imagem, eu não tenho autorização das modelos para publicar as fotos, simples assim.
Agora chega de escrita sem imagem, convido vocês, seguidores, leitores assíduos ou não do blog a acompanharem o que vi e capturei durante estes 3 dias de evento, além de algumas impressões sobre os ensaios, boa viagem a todos (as).

Danilo Russo( de costas) Carla Oliveira e Reinaldo Martins 

Antes das portas serem abertas aos congressistas os últimos ajustes estavam sendo feitos pelo staff e organizadores do evento, passagem de som, marcação da fala dos apresentadores, detalhes do cenário, a parte tecnológica e visual, muito importante em se tratando de um evento envolvendo imagem.

Altair Hoppe e Reinaldo Martins


                                  Fernanda Marques Carla Oliveira Reinaldo Martins

                                 Staff, Danilo Russo Altair Hoppe Fernanda Preto

                                    Fernanda Preto e Danilo Russo


Todos os detalhes foram checados a exaustão, demonstrando preocupação com a perfeita fluência dos acontecimentos desde o seu inicio até seu encerramento.


A poucos instantes da abertura das portas uma última checagem para que a 1ª palestrante , Fernanda Preto pudesse contar um pouco da sua experiência e vivência de editorial de nu e sensual.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Valor da foto X Valor do fotógrafo

Depois de recesso por inúmeras razões, todas boas, estou reescrevendo neste filho que tanto amo e a quem darei a devida atenção nestes próximos dias.Noticiarei aqui eventos de magnitude impar para os amantes da fotografia, vistos e clicados por mim e minha Canon Rebel EOS 1000D,carinhosamente chamada de XS.
Mas neste tópico de regresso não discorrerei sobre os eventos e sim sobre algo que vez por outra ocorre comigo e que foi ilustrado com muita propriedade em dois links que recebi no facebook que  até parecem terem sido postados propositalmente, embora não tenham sido postados pela mesma pessoa.
Não sei se você que lê o que eu escrevo por aqui já teve ou ainda tem de ouvir ou responder a conhecidos que pedem um tipo de "camaradagem" do tipo:
- será que não dá para você fazer umas fotinhos...
Isto para um profissional que ama o que faz mas tira seu sustento desta arte chamada "Fotografia" é no mínimo uma indelicadeza, e um texto que posto aqui retrata muito bem o lado do profissional que corre riscos para exercer a profissão com amor, desenvolvendo toda sua arte.


Para um profissional parece óbvio, mas como fazer o consumidor ou contratante entender a ótica de uma pessoa que se dedica a esta arte, a de fotografar e eternizar momentos de desconhecidos com muito amor, pensando em cada detalhe para que o cliente fique satisfeito, mas claro,  que ele mesmo reconheça em sí um profissional valorizado.
Em minha humilde opinião reconhecimento ao profissional é remunerá-lo de acordo com o serviço desempenhado; tapinha nas costas recebemos quando naquele jogo do colégio o time foi bem mas não ganhou a partida.Fotógrafo e outros tantos profissionais que capturam momentos de felicidade, acontecimentos e registrando fatos, precisam é de remuneração digna, sem contar outras forma de tratamento.
Ouvi recentemente uma amiga que num desabafo disse que " qualquer dia os contratantes vão passar a vergonha de verem um serviço de delivery adentrar ao salão de festas para servir a equipe de foto e filmagem".


Recententemente um conhecido me procurou querendo umas "fotinhos" da comemoração de seu aniversário com amigos, um ponto foi positivo: ele me reconheceu como um profissional digno de registrar seu momento de confraternização, mas querer que eu fosse ao local e fizesse umas "fotinhos" para enviar por e-mail a ele e sem a devida remuneração  não foi nada agradável de se ouvir(ler).
É mais ou menos como um médico ser perguntado se não poderia prestar um atendimento no bar da esquina quando estiver de plantão no hospital ao lado...
Respeito ao artista é fundamental, entre outras coisas, para que a arte seja bem representada, mesmo um artista tem gastos e custos, precisa comer, morar, vestir, investir como qualquer profissional, artista ou não.
Este é um desabafo com cara de alerta e um "que" de indignação, de um profissional que se preocupa em estar atualizado com tendências, se reciclando, renovando, investindo em conhecimento e equipamento para que sua arte se sobressaia cada vez mais e melhor e gostaria de ser reconhecido simplesmente como um profissional, artista numa certa medida, que vive do amor a arte, que deve ser remunerado de forma adequada.